O que aconteceu na reunião da Adidas com a Bertin?
A Adidas convidou a Bertin, uma de suas fornecedoras e uma das maiores empresas brasileiras do agronegócio, para uma reunião em sua sede em Munique, na Alemanha. A Adidas quer garantias de que o couro fornecido pela Bertin não vem de áreas desmatadas na Amazônia.
A empresa está negociando com o Ministério Público Federal no Pará um Termo de Ajustamento de conduta (TAC) para incorporar critérios ambientais em suas atividades pecuárias na Amazônia. O diretor-superintendente da Divisão de Couros da Bertin, Leonardo Swirski informou que até o final desta semana a Bertin deve tomar uma decisão sobre o TAC.
Durante a reunião, Swirski também afirmou que, em princípio, a empresa pode adotar uma moratória para novos desmatamentos na Amazônia, mas alegou que fatores como a falta de governança e a complexidade da região representam obstáculos para a adoção de uma moratória.
Para o Greenpeace, a Bertin precisa assumir sua responsabilidade para resolver o problema e tomar providências imediatas para garantir que sua atividade pecuária não impulsione ainda mais o desmatamento na Amazônia.
A Adidas, organizadora da reunião, juntamente com outras empresas do setor de calçados que participaram da reunião por conferência telefônica, como Timberland, Nike e New Balance, consideram as denúncias do Greenpeace extremamente graves e esperam que o problema seja resolvido pela Bertin. A Adidas e a Timberland já se comprometeram a continuar se reunindo com o Greenpeace na busca de soluções pelo fim do desmatamento das florestas tropicais.